Dizem que algumas coisas não podem ser traduzidas em palavras, porém, outras, certamente, podem ser traduzidas em sons. Sendo assim, o ruir do arco assemelha-se a uma língua estranha que, talvez, mesmo sem entendermos seu significado, podemos sentir sua beleza transcendente.
Numa bela manhã da escola de música
Ela olha pra mim e o meu coração pulsa
Ela olha pra mim e não pego em sua mão
Ela olha pra mim e canta uma canção.
Ela senta ao longe ao lado de um grosso pilar
Suas pupilas dilatam e o ar quer me faltar
Uma onda de energia percorre o meu corpo
Percebo, ao longe, a ternura de seu rosto
Percorro o seu corpo como uma lágrima no rosto
Destinada à um fim que agoniza até o pescoço
Que aproveita cada centímetro ficando cada vez mais doce
Se acaba no chão como se nunca nada fosse.
O arco em suas mãos ganha um ar distraído
O chão avermelhado parece tênue como tecido
O vento que entra esfria a atmosfera
"Por que me hipnotiza, essa garota tão bela?"
Ela me olha, eu a olho e ela olha pra mim de novo
Olhando pra ela sei que vou cair no poço
Ela sabe disso e brinca com seus dedos
Mexendo seu arco, envolvendo-me em desejo
Caio então nesse poço inacabável
Me afundo, brigo, luto; ingênuo
Meu coração grita e parece manipulável
Na luta contra o poço o inimigo é o mais sereno
Últimos momentos, os pulmões já afogados
Apenas alguns metros, nossos olhares já cansados
Uma picada de energia preenche-me, de novo
"Ei... você... me diz seu nome garoto?"
Meu nome não importa, porém teimo a falar
Sua roupa não importa, porém teima em conversar
Se eu quero não importa, já me envolvi em seu beijo
Se eu lembro não importa, o que resta eu desejo.
Numa ultima arcada de um devaneio sincero
Já a tive em meus braços e dos seus olhos teimo a lembrar
Nos meus sonhos: bobos, fortuitos, cínicos e belos
Já tive a menina que tocava violoncelo.
Ela olha pra mim e o meu coração pulsa
Ela olha pra mim e não pego em sua mão
Ela olha pra mim e canta uma canção.
Ela senta ao longe ao lado de um grosso pilar
Suas pupilas dilatam e o ar quer me faltar
Uma onda de energia percorre o meu corpo
Percebo, ao longe, a ternura de seu rosto
Percorro o seu corpo como uma lágrima no rosto
Destinada à um fim que agoniza até o pescoço
Que aproveita cada centímetro ficando cada vez mais doce
Se acaba no chão como se nunca nada fosse.
O arco em suas mãos ganha um ar distraído
O chão avermelhado parece tênue como tecido
O vento que entra esfria a atmosfera
"Por que me hipnotiza, essa garota tão bela?"
Ela me olha, eu a olho e ela olha pra mim de novo
Olhando pra ela sei que vou cair no poço
Ela sabe disso e brinca com seus dedos
Mexendo seu arco, envolvendo-me em desejo
Caio então nesse poço inacabável
Me afundo, brigo, luto; ingênuo
Meu coração grita e parece manipulável
Na luta contra o poço o inimigo é o mais sereno
Últimos momentos, os pulmões já afogados
Apenas alguns metros, nossos olhares já cansados
Uma picada de energia preenche-me, de novo
"Ei... você... me diz seu nome garoto?"
Meu nome não importa, porém teimo a falar
Sua roupa não importa, porém teima em conversar
Se eu quero não importa, já me envolvi em seu beijo
Se eu lembro não importa, o que resta eu desejo.
Numa ultima arcada de um devaneio sincero
Já a tive em meus braços e dos seus olhos teimo a lembrar
Nos meus sonhos: bobos, fortuitos, cínicos e belos
Já tive a menina que tocava violoncelo.